O BPI anunciou nesta quinta-feira os seus resultados para o terceiro trimestre do ano e revelou um aumento de 14% de lucros em termos homólogos. Assim, o banco atinge 444 milhões de euros de resultados líquidos nos primeiros nove meses do ano.

Segundo o presidente executivo do BPI, João Oliveira e Costa, este resultado vem à boleia do “grande aumento do produto bancário, produto bancário esse influenciado pela margem financeira”. Segundo os dados divulgados, a margem financeira subiu 6% para 738,4 milhões de euros. Já o produto bancário viu um incremento de 11% para mil milhões de euros e as comissões ascenderam a 244 milhões de euros, uma subida de 12%.

Por sua vez, o rácio de eficiência (cost-to-income) melhora para 37%, enquanto a rentabilidade de capitais próprios tangíveis (ROTE) recorrente alcança os 18,4%. O dirigente da instituição bancária destacou a disciplina de contenção de custos, que se cifraram em 376 milhões de euros, um valor bastante semelhante ao do ano anterior.

No campo dos créditos, a carteira do BPI aumentou 2% face a igual período de 2023, superando agora os 30 mil milhões de euros. Isto corresponde a uma quota de mercado de 11,6%. O crédito à habitação, em específico, subiu também 2%, totalizando agora 14,9 mil milhões de euros.

Além-fronteiras, os lucros do BFA, em Angola, diminuíram 8% para cerca de 39 milhões de euros e o BCI, de Moçambique, viu uma subida de 5% para 25 milhões.

Sobre a redução das taxas de juro de referência e como responder a isso, João Oliveira e Costa afasta a hipótese de aumentar as comissões bancárias e sublinha que “a única resposta possível será aumentar o volume de negócios”. O presidente executivo do BPI deixou também uma crítica na conferência de imprensa à subida da contribuição para o Fundo de Resolução proposta pelo Banco de Portugal.