O Crédito Agrícola anunciou esta quarta-feira, em comunicado, que registou um resultado líquido de 347,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Isto corresponde a um aumento de 54,7% face ao período homólogo, o que se traduz numa subida de 122,7 milhões de euros.

De acordo com os dados do banco, a rentabilidade de capitais próprios fixou-se em 17,8%. Já o produto bancário ‘core’ ascendeu a 777,9 milhões de euros, um crescimento de 8,8% face a setembro de 2023, fruto, acrescenta, da subida de 55,3 milhões de euros (10,3%) na margem financeira para 592,8 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano. A margem financeira teve, portanto, uma subida de 3,03% para 3,06%.

No que diz respeito aos à carteira de crédito bruto dos clientes, o banco viu um incremento de 1,5% para 12,24 mil milhões de euros face a dezembro de 2023, enquanto os depósitos atingiram 21,23 mil milhões de euros, uma subida de 6,1%, também em relação ao final do ano passado. Assim, o Crédito Agrícola possui uma quota de mercado de 5,8% nos créditos e de 8% nos depósitos.

Os custos de estrutura do banco viram um acréscimo de 6,7%, em relação a setembro de 2023, atingindo os 331,4 milhões de euros. A instituição justifica este aumento com revisões da tabela salarial, mais contratações e prémios de desempenho, juntamente com o investimento no desenvolvimento da oferta, na digitalização e respostas a requisitos legais, entre outros.

Por sua vez, o rácio bruto de NPL baixou 0,1 pontos percentuais para 6,1%, quando comparado com dezembro passado. O rácio de eficiência teve uma redução de 1,8 pontos percentuais para 41,3%, em relação a setembro de 2023. Já o rácio CET1 fixou-se em 24,2% em setembro de 2024 e o rácio de cobertura por liquidez atingiu 400,6%.

O presidente do Grupo Crédito Agrícola considera ainda que o banco “tem vindo a apresentar uma robusta posição de capital e confortáveis níveis de liquidez, resultantes da estabilidade e granularidade dos depósitos, bem como a evidenciar uma melhoria da qualidade dos ativos e elevada rentabilidade recorrente”.