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Inflação em Portugal determinada pela evolução dos preços dos bens energéticos e alimentares
Desde a pandemia, a economia global foi sujeita a choques de oferta e de procura, o que suscitou uma discussão sobre quais terão sido os principais determinantes da inflação nos últimos anos.
08 Nov 2024 - 12:44
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A dinâmica da inflação em Portugal nos últimos anos foi determinada pela evolução dos preços dos bens energéticos e alimentares, divulga o Banco de Portugal (BdP) numa análise da responsabilidade de Nuno Vilarinho Gonçalves.
Desde a pandemia, a economia global foi sujeita a choques de oferta e de procura, o que suscitou uma discussão sobre quais deles terão sido os principais determinantes da dinâmica da inflação nos últimos anos.
Recorrendo ao modelo proposto por Bernanke e Blanchard, é possível quantificar o papel de vários choques exógenos na determinação da inflação, bem como avaliar a sua natureza transitória ou permanente, explica a análise.
Nesse sentido, é referido que o aumento da inflação em Portugal até 2022T4 deveu-se sobretudo a uma sucessão de choques adversos sobre o preço dos bens energéticos e dos bens alimentares e a constrangimentos nas cadeias de abastecimento, amplificados pelos efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia.
A diminuição observada na inflação ao longo de 2023 é explicada pela reversão dos choques nos preços relativos e pela dissipação dos constrangimentos nas cadeias de abastecimento.
O mercado de trabalho em Portugal, tal como noutras economias desenvolvidas, tem apresentado um grau de restritividade elevado que contribui de forma desfasada para pressões sobre os salários e, consequentemente, para pressões inflacionistas.
A restritividade do mercado de trabalho é a que mais contribui para a dinâmica da inflação no período mais recente, compensando o contributo negativo dos preços dos bens energéticos e dos bens alimentares.
Estes resultados para Portugal estão em linha com os obtidos para a área do euro e para outros países que aplicaram a mesma metodologia, explica a nota divulgada.
O BdP refere que a análise é da exclusiva responsabilidade do autor e não coincide necessariamente com a do Banco de Portugal ou do Eurosistema.
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