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Morningstar DBRS espera impacto moderado das cheias na banca espanhola
As cheias em Valência têm um custo de risco estimado em 20 mil milhões de euros. Os bancos mostram boa capitalização e contam com apoios do governo, o que ajuda a manter a estabilidade financeira dos mesmos.
19 Nov 2024 - 12:51
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O impacto esperado das cheias na região de Valência nos bancos espanhóis é moderado, segundo a agência de ‘ratings’ Morningstar DBRS, anunciou esta terça-feira em comunicado. De acordo com a mesma, as instituições bancárias espanholas têm uma exposição moderada na região afetada. Isto, aliado aos apoios já anunciados, tiram o peso da catástrofe no negócio bancário, concluem.
A Morningstar DBRS, citando o Banco de Espanha, informa que o total de risco exposto na região afetada é de 20 mil milhões de euros. Destes, 65% são na forma de empréstimos à habitação, 21% pertencem a Pequenas e Médias Empresas (PME) e 14% são de outras empresas. Segundo os dados apresentados, o CaixaBank, BBVA, Sabadell e GCC são os que têm valores mais altos de exposição na região em termos absolutos.
Mais ainda, dentro dos bancos afetados, o tipo de risco varia bastante entre eles, com o Bankinter, GCC e ABANCA a terem uma exposição maior a PME e outras empresas, enquanto o Kutxabank e o CaixaBank têm uma exposição maior a empréstimos à habitação. Além deste parâmetro, a agência canadiana enumera uma longa lista de fatores que vão influenciar os custos finais, como a exposição aos locais mais afetados, os danos colaterais que tinham seguro, a localização desses danos, entre outros.
A Câmara de Comércio de Valência estima que entre 25% e 40% dos pequenos negócios de retalho não voltem a abrir.
Banca com capitalização sólida e apoios públicos a caminho
A contribuir para as perspetivas relativamente otimistas da DBRS está a “capitalização sólida” da banca espanhola, a par dos apoios que já foram anunciados pelo governo espanhol, tanto a cidadãos como negócios.
Apesar de esperar alguma deterioração de ativos, especialmente devido ao expectável aumento de empréstimos de fase 2 e 3, – com impactos mais notáveis no último trimestre de 2024 e no primeiro semestre de 2025 – “os bancos têm uma capacidade forte de geração de receitas” e “algumas sobreposições de gestão ainda em vigor desde a pandemia” que vão ajudar a atenuar provisões, sem afetar significativamente o lucro, prevê a Morningstar DBRS. Além disto, acrescenta, os bancos espanhóis estão acima dos mínimos exigidos em termos de capitalização, o que lhes permite gerir a situação de forma confortável.
O governo espanhol, por sua vez, já anunciou dois pacotes de ajuda no valor total de 14,37 milhões de euros, que vão desde a compensação monetária direta a outros benefícios idênticos aos implementados durante a pandemia.
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